quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

É Bíblico o ensino da cobertura espiritual?

É Bíblico o ensino da cobertura espiritual? Frank Viola, em seu livro "Quem é tua cobertura?" coloca uma análise profunda sobre este tema, ele coloca de maneira exegeticamente correta uma refutação a respeito, veja abaixo: É surpreendente que a palavra “cobertura” apareça apenas uma vez em todo o NT. É usada referindo-se à cabeça coberta da mulher (1 Cor. 11:15). Ao passo que o Antigo Testamento (AT) utiliza pouco este termo, sempre o emprega referindo-se a uma peça do vestuário natural. Nunca é utilizado de maneira espiritual ligando-o a autoridade e submissão. Portanto, a primeira coisa que podemos dizer acerca da “cobertura” é que há escassa evidencia Bíblica para construir-se uma doutrina. Não obstante, incontáveis cristãos repetem como papagaios à pergunta “quem-é-tua-cobertura?” e insistem nela como se fosse a prova do ácido que mede a autenticidade de uma igreja ou ministério. Se a Bíblia silencia com respeito à idéia da “cobertura” o que é que se pretende dizer com a pergunta, “Quem é tua cobertura”? A maioria (se insistíssemos) formularia esta mesma pergunta em outras palavras: “A quem você presta contas?”. Mas isso suscita outro ponto difícil. A Bíblia nunca remete a prestação de contas a seres humanos, mas exclusivamente a Deus! (Mat. 12:36; 18:23; Luc. 16:2; Rom. 3:19; 14:12; 1 Cor. 4:5; Heb. 4:13; 13:17; 1 Ped. 4:5). Por conseguinte, a sadia resposta Bíblica à pergunta “a quem prestas contas?” É bem simples: “presto contas à mesma pessoa que você, a Deus”. Assim, pois, é estranho que tal resposta provoque tantos mal entendidos e falsas acusações. Deste modo, embora o tom e o timbre do “prestar contas” difira apenas da “cobertura”, a cantilena é essencialmente a mesma, e sem dúvida não harmoniza com o inconfundível canto da Escritura. Trazendo à Luz a Verdadeira Pergunta que se Esconde Atrás da Cobertura Ampliemos um pouco mais a pergunta. Que é que se pretende realmente dizer na pergunta acerca da “cobertura”? Permito-me destacar que a verdadeira pergunta é, “Quem te controla?”. O (maléfico) ensino comum acerca da “cobertura” realmente se reduz a questões acerca de quem controla quem. De fato, a moderna igreja institucional está construída sobre este controle. Consequentemente, a gente raras vezes reconhece que é isto que está na base da questão, pois se supõe que este ensino esteja bem ancorado nas Escrituras. São muitos os cristãos que crêem que a “cobertura” é apenas um mecanismo protetor. Assim, pois, se examinarmos o ensino da “cobertura”, descobriremos que está baseado em um estilo de liderança do tipo cadeia de comando hierárquico. Neste estilo de liderança, os que estão em posições eclesiásticas mais altas exercem um domínio tenaz sobre os que estão debaixo deles. É absurdo que por meio deste controle de direção hierárquica de cima para baixo se afirme que os crentes estejam protegidos do erro. O conceito é mais ou menos o seguinte: todos devem responder a alguém que está em uma posição eclesiástica mais elevada. Na grande variedade das igrejas evangélicas de pós guerra, isto se traduz em: os “leigos” devem prestar contas ao pastor. Que por sua vez deve prestar contas a uma pessoa que tem mais autoridade. O pastor, tipicamente, presta contas à sede denominacional, a outra igreja (muitas vezes chamada de “igreja mãe”), ou a um obreiro cristão influente a quem considera ter um posto mais elevado na pirâmide eclesiástica. De modo que o “leigo” está “coberto” pelo pastor, e este, por sua vez, está “coberto” pela denominação, a igreja mãe, ou o obreiro cristão. Na medida que cada um presta contas a uma autoridade eclesiástica mais elevada, cada um está protegido (“coberto”) por essa autoridade. Esta é a idéia. Este padrão de “cobertura-responsabilidade em prestar contas” se estende a todas as relações espirituais da igreja. E cada relação é modelada artificialmente para que encaixe neste padrão. É vedada qualquer relação fora disto – especialmente dos “leigos” com respeito aos “líderes”. Mas esta maneira de pensar gera as seguintes perguntas: Quem cobre a igreja mãe? Quem cobre a sede denominacional? Quem cobre o obreiro cristão? Alguns oferecem a fácil resposta de que Deus é quem cobre estas autoridades “mais elevadas”. Mas esta resposta enlatada demanda outra questão: O que impede que Deus seja diretamente a “cobertura” dos “leigos”, ou mesmo do pastor? Sem dúvida, o problema real com o modelo “Deus-denominação-clero-leigos” vai bem além da lógica incoerente e danosa a que esta conduz. O problema maior é que este modelo viola o espírito do Novo Testamento, porque por trás da retórica piedosa de “prover da responsabilidade de prestar contas” e de “ter uma cobertura”, surge ameaçador um sistema de governo que carece de sustento bíblico e que é impulsionado por um espírito de controle. Para ler o livro na íntegra, clique aqui para fazer o download. O ensino do "guarda-chuvas" referindo-se à cobertura espiritual se encaixa exatamente neste sentido que Frank Viola explicou acima, seria uma espécie de "proteção espiritual" de líderes para com seus "controlados" membros da igreja. Quem estiver debaixo da cobertura, estará protegido de ataques do maligno, de doenças, de crises financeiras, etc., como um guarda-chuvas protege da chuva. O Bispo erra em afirmar que o crente tem que estar debaixo de uma cobertura para se proteger, pois com isso ele nega a responsabilidade individual de cada um perante seus atos (Rm 14:12), e o pior, condiciona um poder de proteção espiritual para eles mesmos que só Jesus pode nos dar. O Bispo afirma que "o agir de Jesus" no crente está condicionado ao mesmo estar debaixo da cobertura deles. Um absurdo! Onde está isso na Bíblia? Se alguém pecar, não vai ser uma "cobertura" que vai livrar esta pessoa das consequências de seu pecado. E também não vai ser uma "cobertura eclesiástica" que vai livrar o Cristão da "contaminação do mundo". A santificação do Cristão agora depende de cobertura espiritual? Este ensino escraviza e acomoda o Cristão à uma falsa proteção de líderes que, na verdade estão interessados em somente controlar e manipular os membros de suas mega-congregações. É Deus quem nos guarda e protege e não um líder eclesiástico com sua falsa doutrina de "cobertura de controle". O referido Bispo erra também na afirmação de que nas igrejas existem "autoridades delegadas" que seriam os líderes eclesiásticos. O mesmo cita Romanos 13 para averbar que o Cristão deve se submeter as "autoridades delegadas por Deus". Claro que temos obrigação de nos submeter as autoridades conforme esta passagem nos mostra, porém estas autoridades citadas em Romanos de maneira alguma são os líderes eclesiásticos! Na verdade o contexto da passagem não dá margem para tal afirmação. Romanos 13, pelo contexto, é direcionado especificamente as “autoridades governamentais”. Não há evidência nem margem exegética nenhuma para afirmar que “também” é direcionada a “autoridade eclesiástica”. Quem afirmar o contrário estará torcendo o texto sem respeitar o contexto, desrespeitando assim as regras de exegese e hermenêutica! Para se ter uma idéia desta tamanha distorção, Jesus foi bem categórico quando falou sobre este mesmo assunto: Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28 (Grifo meu). Nesta passagem a Bíblia nos narra quando a mulher de Zebedeu, mãe de Tiago e João veio até Jesus com seus filhos para pedir-lhe que colocasse em seu reino os mesmos em posição de honra e autoridade ao lado direito e esquerdo de Jesus.(vs 21). Porém Jesus foi categórico com eles, como podemos constatar nos versos seguintes. Será que Paulo em Romanos estaria se contradizendo com JESUS sobre o tema? Com certeza não, quem se contradiz são aqueles que afirmam que Rm 13 é direcionado também para a autoridade eclesiástica. Não existe base bíblica neo-testamentária para que um crente tenha autoridade espiritual sobre outro crente. Isso é invenção de líderes dominadores que querem manipular e controlar o rebanho da Igreja de Cristo. A única autoridade espiritual que existe na igreja perante os crentes é JESUS. A Bíblia diz em Mt 28:18 “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”. (grifo meu) Para um estudo mais aprofundado sobre "autoridade" de Rm 13 x "obediência e submissão" de Hb 13:17, clique aqui. Portanto, que fique este alerta contra esses líderes dominadores que, na verdade visam somente o controle absoluto de seus membros para interesses próprios. Você que é membro desta denominação tome cuidado. Analise tudo o que é ensinado em sua Bíblia, sem medo, seja nobre igualmente como os Bereianos de Atos 17:11 foram. Saiba que, fazer isso não é pecado de rebeldia, conforme muitos dizem por aí, pelo contrário, é bíblico e correto (1 Ts 5:21, 2 Tm 4:2-5).

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE AUTORIDADE ESPIRITUAL

O artigo é um pouco grande mas vale a pena!!! Nadir E Heinrich ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Navegando pela internet, outro dia me deparei com um site de uma renomada igreja, onde pude constatar um artigo que me deixou muito preocupado. Segue o mesmo transcrito abaixo:
“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria...” (I Sm 15:23) Deus nos chama não só para receber a Sua vida através da fé, mas para manter Sua autoridade através da submissão às pessoas que Ele mesmo estabeleceu como liderança sobre nossas vidas: Veja o que diz Romanos 13:1-7: “Toda a alma esteja sujeita às autoridades; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” A igreja é um lugar onde essa obediência deve ser exercitada. Sabemos que todos os dons e ministérios exercidos na igreja são igualmente necessários e importantes no Reino de Deus, no entanto, algumas funções tem o objetivo de liderar, coordenar, orientar, organizar, ir na frente: pastores, diáconos, professores, líderes de ministério, dirigentes de grupo (Ef 4:11-12)... As pessoas que, pela graça, ocupam tais funções, tem autoridade espiritual sobre os demais. Reconhecer esta autoridade é um exercício que nos ajuda a nos submeter à autoridade de Deus. O pecado de rebelião é muito sério pois, aos olhos de Deus, aqueles que rejeitam seus servos, o rejeitam. Quando o reino de Israel foi estabelecido, o rei Saul foi ungido por Deus. Davi, mesmo tendo a promessa de que um dia seria o rei de Israel, não antecipou os acontecimentos, antes disse: “O Senhor me guarde, de que eu estenda a mão contra o seu ungido.” (I Sm. 26:11). Davi sabia que se estendesse as suas mãos contra Saul, estaria se rebelando não contra Saul, mas contra a unção que Deus havia dado a ele. Eis um homem que sabia realmente se posicionar debaixo da autoridade do Senhor... Todo cristão deve ser sensível em dois pontos: com o pecado e com a autoridade. Onde quer que você vá, pergunte: “- A quem devo obedecer?” Ao tomar consciência da autoridade em sua vida, você será capaz de perceber a autoridade de Deus em toda parte. E lembre-se: rejeitar uma autoridade delegada é afrontar diretamente a Deus. “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas” (Hb 13:17) Fim do texto do site. Fonte: http://www.terceirabatista.org.brl Gostaria agora de colocar a minha opinião e análise ao texto supracitado acima. Tal opinião pode ser considerada como uma Refutação exegética de caráter de “alerta à Igreja”: Após a leitura deste artigo citado acima, fico assustado e pensando comigo mesmo; aonde esse povo vai parar? Fiquei estupefato com tamanha distorção Bíblica! Muitos vão me criticar e até dizer que eu estou sendo “rebelde” conforme o artigo citado acima, mas se eu concordar com tudo isso sem ao menos verificar como os crentes de Beréia (At 17:10-15) se realmente este texto está correto com a Bíblia, eu estaria sendo apenas mais um alienado a este sistema herético e manipulador que infelizmente existe atualmente em muitas igrejas, onde os pastores e líderes são colocados como pessoas possuidoras por uma “unção especial” e que não podemos “tocar nos ungidos de Deus”, que jamais devemos questionar ou discordar, se não corremos o sério risco de sermos excomungados pela congregação e ainda taxados de rebeldes e amaldiçoados por Deus. Eles são os “super-crentes”, ninguém mexe, ninguém questiona, ainda mais se for a tal “unção apostólica do povo apostólico” liderado pelos contemporâneos apóstolos e até apóstolas. São os pastores que jamais erram, os “vasos” irrepreensíveis que recebem uma determinada “unção especial” de Deus para conduzir o Corpo de Cristo, para proclamar tomada de territórios, para profetizar sobre o futuro e proferir palavras de “poder” para o povo. O pior de tudo é que os mesmos pregam uma cultura de alienação hierárquica e de domínio pastoral através de uma pregação teológica distorcida e baseada em erros teológicos graves, muitas vezes influenciado por estrangeiros especialistas em “teologia da prosperidade”, dentre outras aberrações, que trazem seus modismos para o nosso país e influenciam muitas igrejas nestes últimos dias. Eu como pastor sinto vergonha de tudo isso, mas com certeza não serei um alienado e meu papel é abrir os olhos do povo de Deus para esses “abusos pastorais”, pois temos que seguir a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo advertiu à Timóteo sobre o dever do Crente em defender a Palavra de Deus a todo custo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, que não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” 2 Tm 4:2-4 Portanto, peço que você que está lendo este artigo, ore e peça a direção do Espírito Santo para este assunto. Segue abaixo a minha refutação, que a mesma possa servir de alerta para Igreja: Para iniciar, Romanos 13 não é direcionado a “autoridade eclesiástica”. Fazer tal afirmativa é forçar o texto através de falácias graves: “argumentum ad ignorantiam e Non Sequitur”. Romanos 13, pelo contexto, é direcionado especificamente as “autoridades governamentais”. Não há evidência nem margem exegética nenhuma para afirmar que “também” é direcionada a “autoridade eclesiástica”. Quem afirmar o contrário está torcendo o texto sem respeitar o contexto, desrespeitando assim as regras de exegese e hermenêutica! Para se ter uma idéia desta tamanha distorção, Jesus foi bem categórico quando falou sobre este mesmo assunto: Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28 Grifo meu. Nesta passagem a Bíblia nos narra quando a mulher de Zebedeu, mãe de Tiago e João veio até Jesus para pedir-lhe que colocasse em seu reino os dois filhos em posição de honra e autoridade ao lado direito e esquerdo de Jesus.(vs 21). Porém Jesus foi categórico com a mulher, como podemos constatar nos versos seguintes. Será que Paulo, em Romanos estaria se contradizendo com JESUS sobre o tema? Com certeza não, quem se contradiz são aqueles que afirmam que Rm 13 é direcionado também para a autoridade eclesiástica. Aliás, sobre essa suposta “autoridade espiritual” dos pastores sobre os crentes, quero comentar a respeito. A única autoridade espiritual que existe na igreja perante os crentes é JESUS. A Bíblia diz em Mt 28:18 “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”. Jesus é o cabeça do corpo de Cristo, nós todos somos os membros. Nenhum membro do corpo pode exercer superioridade através de autoridade espiritual a um outro membro, somente o cabeça (que é Cristo), é que controla todo o corpo. É assim na igreja. Jesus tem autoridade sobre toda a igreja. Todo crente que estiver em Cristo tem a mesma autoridade espiritual que nos é concedida através de Jesus. O véu foi rasgado, todos nós temos acesso. A unção é a mesma, a autoridade é a mesma, o acesso ao Pai é igual para todos! (Veja 1 Co 12). Portanto, não existe base bíblica neo-testamentária para que um crente tenha autoridade espiritual sobre outro crente. Isso é invenção de líderes dominadores que querem manipular e controlar o rebanho da Igreja de Cristo. A igreja com certeza é uma instituição organizada que foi estabelecida por Cristo, pois sabemos que existem dons e ministérios necessários para a edificação e organização do Corpo. Sabemos também que algumas funções têm como objetivo de liderar e coordenar a igreja. Se não fosse assim seria uma verdadeira bagunça, todo mundo iria mandar e desmandar e o culto ao nosso Deus com decência e ordem não seria possível. Porém é importante que se diga que nenhum desses dons possui “autoridade espiritual” sobre os demais crentes. Vejamos: Em 1º lugar: Alguns desses dons estão citados em Ef 4:11-12. Muitos pastores e líderes manipuladores citam esta passagem e afirmam que existe uma “hierarquia” ministerial na Igreja, dando uma conotação de “poderes especiais” para determinados membros do Corpo de Cristo. Porém, esta passagem jamais pode ser interpretada desta maneira. Efésios 4:11 não mostra uma corporação de clérigos quando diz, “Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. . .” De maneira alguma isso acontece. Efésios 4 tem em vista aqueles dons que equipam a igreja para a diversidade do serviço (vv. 12-16). Os dons enumerados no texto são na realidade pessoas dotadas para capacitar a igreja (vv. 8,11). Estes são os dons que o Espírito Santo reparte a cada individuo como Ele quer (1 Cor. 12:11). Em outras palavras, Efésios 4 não trata dos dons dados a homens e mulheres como uma estrutura hierárquica. Trata de homens e mulheres providos de dons que são dados à igreja. Apóstolos, profetas, evangelistas e pastores/mestres são pessoas que o Senhor levantou e outorgou à igreja para sua formação, coordenação e edificação. Sua tarefa principal é nutrir a comunidade de crentes para que participem responsavelmente de acordo com os princípios divinos. O êxito desta tarefa se fundamenta na habilidade que possuem para capacitar e mobilizar os santos para a obra do ministério. Desta maneira, os dons de Efésios 4 equipam (do grego: katartízo = completar, preparar; e katartismós = capacitação, aperfeiçoamento) o Corpo de Cristo para que este leve a cabo o propósito eterno de Deus. Estes dons não são ofícios nem posições formais hierárquicas. Tais termos gregos não constam do texto. Trata-se de irmãos com dons “habilitadores” peculiares, dados para cultivar os ministérios de seus irmãos. Os apóstolos capacitaram a igreja desde seu nascimento, ajudando-a até que pudessem caminhar pelos próprios pés. Os profetas adestraram a igreja falando a ela a palavra presente do Senhor, confirmando os dons de cada membro, preparando-a para as provas futuras. Os evangelistas habilitam a igreja servindo como modelo na pregação das boas novas aos perdidos. Os pastores/mestres instruem a igreja cultivando sua vida espiritual por meio da exposição da Escritura. Alguns crêem que pastores e mestres são dois ministérios separados, enquanto que outros os vêem como dimensões distintas do mesmo ministério. Nesse último conceito, pastorear seria o lado privado deste ministério, enquanto que seria o lado público. Os ministérios de Efésios 4 (eventualmente chamados como “o quíntuplo ministério”) não equivalem à liderança da igreja. Apóstolos, profetas, evangelistas e pastores/mestres podem ser anciãos ou não. Em suma, Efésios 4:11 não contempla coisas como clero assalariado, ministério profissional ou algum tipo de sacerdócio fabricado. Tampouco se refere a uma classe diferente de cristãos ou uma hierarquia eclesiástica. Assim como o catálogo de dons apresentados por Paulo em 1 Coríntios 12:28, Efésios 4 tem em vista funções especiais em vez de posições formais. Em 2º lugar: O texto do site citado no início coloca certa ligação entre “autoridade de Rm 13” com Hb 13:17 que nos diz: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros”. Analisando esta passagem: Obedecei = deixar-se guiar / submeter-se Submisso (vocábulo "submeter") = grego: hupotaso = sujeição voluntária / obediente / respeitoso / sujeito. Repare agora na diferença etimológica comparando-se à palavra “autoridade” citada em Rm 13: Autoridade = poder de mandar / domínio / poder público. (dicionário Aurélio). Termo grego para autoridade: Exousia = deriva da palavra exestin, que significa uma ação possível e legítima que pode ser levada a cabo sem obstáculo. A autoridade (exousia) relaciona-se com manifestação e comunicação de poder. Mais especificamente, a autoridade é o direito de realizar uma ação particular. A Escritura ensina que Deus é a fonte única de toda autoridade (Rom. 13.1), e esta autoridade foi conferida a Seu Filho (Mat. 28:18; João 3:30-36; 17:2). Apenas Jesus Cristo tem autoridade. O Senhor Jesus disse claramente, “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”. Ao mesmo tempo, Deus delegou Sua autoridade aos homens e mulheres deste mundo para propósitos específicos. Por exemplo, na ordem natural, Deus instituiu diversas esferas onde Sua autoridade deve ser exercida (Efésios 5:22-6:18; Col. 3:18-25). Estabeleceu certas “autoridades oficiais” com o propósito da preservação da ordem sob o sol. Aos oficiais governamentais, como reis, magistrados e juízes, foi dada esta autoridade (João 19:10, 11; Rom. 13:1 ss.; 1 Tim. 2:2; 1 Ped. 2:13-14). A autoridade oficial é autoridade conferida a um oficio estático. Funciona independente das ações da pessoa que a ocupa. A autoridade oficial é autoridade posicional e fixa. Enquanto a pessoa ocupar o cargo, tem autoridade. Quando alguém exerce as funções de autoridade, o recipiente chega a ser “uma autoridade” por seu próprio direito. É por esta razão que se exorta aos cristãos que se sujeitem aos líderes governamentais – não importando seu caráter (Rom. 13:1ss.; 1 Ped. 2:13-19). Nosso Senhor Jesus, assim como Paulo, mostraram espírito de sujeição quando compareceram ante a autoridade oficial (Mat. 26:63-64; Atos 23:2-5). De maneira similar, devemos sempre nos sujeitar a esta autoridade. A ausência de lei e o desprezo pela autoridade são sinais de uma natureza pecadora (2 Ped. 2:10; Judas 8). Ao mesmo tempo, a sujeição e a obediência são duas coisas bem diferentes, e é um erro fatal confundi-las. Sujeição Versus Obediência Em que difere a sujeição da obediência? A sujeição é uma atitude. A obediência é uma ação. A sujeição é absoluta. A obediência é relativa. A sujeição é incondicional. A obediência é condicional. A sujeição é um assunto interior. A obediência é um assunto exterior. Deus nos convoca a ter um espírito de humilde sujeição diante daqueles que Ele colocou em autoridade sobre nós na ordem natural. Contudo, não podemos obedecer-los se nos mandam fazer o que viola Sua vontade, porque a autoridade de Deus é maior que qualquer autoridade terrena. Não obstante, você pode desobedecer enquanto se submete. Pode desobedecer a uma autoridade terrena mantendo um espírito de humilde sujeição. Pode desobedecer e ao mesmo tempo manter uma atitude de respeito e reverencia distinto do espírito de rebelião, injuria e subversão (1 Tim. 2:1-2; 2 Ped. 2:10; Judas 8). A desobediência das parteiras hebréias (Ex. 1:17), os três jovens hebreus (Dn. 3:17-18), Daniel (Dn. 6:8-10), e os apóstolos (Atos 4:18-20; 5:27-29) exemplificam o principio de estar sujeito a uma autoridade oficial ao mesmo tempo em que desobedece quando esta se choca com a vontade de Deus. Se Deus estabelece autoridade oficial para operar na ordem natural, ele não instituiu este tipo de autoridade na igreja. É por essa razão que os líderes eclesiásticos silenciam diante dos argumentos de Paulo na esfera da autoridade em Efésios 5-6 e Colossenses 3. Deus dá autoridade (exousia) aos crentes para exercer certos direitos. Entre eles está a autoridade (exousia) de serem feitos filhos de Deus (João 1:12), possuir propriedades (Atos 5:4), decidir casar-se ou não (1 Cor. 7:37), decidir o que comer ou beber (1 Cor. 8:9), curar enfermidades (Mar. 3:15), expulsar demônios (Mat. 10:1; Mar. 6:7; Luc. 9:1; 10:19), edificar a igreja (2 Cor. 10:8; 13:10), receber bênçãos especiais associadas a certos ministérios (1 Cor. 9:4-18; 2 Tes. 3:8-9), ter autoridade sobre as nações e comer da árvore da vida no reino futuro (Ap. 2:26; 22:14). Mas em nenhuma parte a Bíblia ensina que Deus deu autoridade (exousia) aos crentes sobre outros crentes! Recordemos a palavra de nosso Senhor em Mateus 20:25-26 e Lucas 22:25-26 onde condena as formas de autoridade tipo exousia entre seus seguidores. Este fato deve ser motivo para uma séria reflexão. Portanto, sugerir que os líderes na igreja devem exercer o mesmo tipo de autoridade que os dignitários representa logicamente um salto e uma excessiva generalização. Uma vez mais, o NT nunca vincula a exousia aos líderes da igreja, nem estabelece que alguns crentes tenham exousia sobre outros crentes. Sem dúvida, o AT descreve os profetas, sacerdotes, reis e juízes, como autoridades oficiais. Isto se deve ao fato destes “ofícios” serem sombras da autoridade ministerial do próprio Jesus Cristo. Cristo é o verdadeiro Profeta, Sacerdote, Rei e Juiz. Mas no NT nunca encontramos qualquer passagem que descreva ou represente algum líder enquanto autoridade oficial. Isto inclui os guardiões locais, assim como aos obreiros de fora. Para ser franco, a noção de que os cristãos têm autoridade sobre outros cristãos é um exemplo de exegese forçada e, como tal, é biblicamente insustentável. Quando os líderes da igreja exercem o mesmo tipo de autoridade que desempenham os oficiais governamentais, tornam-se usurpadores! Certamente, a autoridade funciona na igreja, mas esta autoridade que funciona na ekklesia é notavelmente diferente da que se exerce na ordem natural. Isto faz sentido na medida em que a igreja não é uma organização humana, mas um organismo espiritual. A autoridade que opera na igreja não é oficial. É orgânica! Em 3º Lugar: Muitos pastores e líderes, sempre quando alguém nota algo errado e tenta questiona-los e exortá-los, os mesmos respondem em um tom de repressão, citando a famosa frase “não toqueis nos meus ungidos”. Quero agora desmistificar esta passagem com uma refutação bem simples. A expressão "ungido do Senhor" é bíblica e ocorre exatas oito vezes no texto hebraico do Antigo Testamento. Seis destas oito menções fazem referência ao rei Saul. Uma faz referência ao Rei Davi e uma diz respeito ao Ungido do Senhor como aguardado pelo profeta Jeremias. As menções aos reis Saul e Davi, deixam bem claro que os ungidos do Senhor não eram homens imunes nem a erros, nem a críticas e muito menos à disciplina por parte do Senhor. Ver a lista completa de versículos que trazem a expressão "ungido do Senhor" no final deste artigo. A expressão "teu ungido" é também bíblica e ocorre seis vezes no texto hebraico do Antigo Testamento. Destas seis, uma diz respeito ao rei Davi e todas as outras ao Ungido como esperado pelo povo de Israel. Novamente a referência ao rei Davi é um claro indicativo que o "ungido do Senhor" era alguém passível de cometer erros, de sofrer críticas e, no caso específico de Davi, de sofrer graves conseqüências por pecados cometidos. Ver a lista completa de versículos que trazem a expressão "teu ungido" no final deste artigo. A expressão "meu ungido", da mesma forma que as duas anteriores, é bíblica e ocorre duas vezes no texto hebraico do antigo testamento. As duas referências dizem respeito ao Messias ou Ungido como esperado pelo povo de Israel. Ver a lista completa de versículos que trazem a expressão "meu ungido" no final deste artigo. Por sua vez, a expressão "seu ungido", ocorre onze vezes no texto hebraico do Antigo Testamento e uma única vez no texto grego do Novo Testamento. Estas onze referências estão assim distribuídas: * 5 vezes fazem referência ao Ungido como o esperado Messias de Israel. * 3 vezes fazem menção a Saul. * 1 vez diz respeito à Eliabe, irmão de Davi. * 2 vezes a citação é referente ao rei Davi. * 1 vez ao imperador dos Medos, Ciro. Desta maneira fica fácil notar que quando não se refere ao Ungido que representa o Senhor Jesus, os textos falam de homens que foram tão pecadores como qualquer um de nós. A unção para ser rei sobre o povo de Israel, conferida a Saul e a Davi, não era nenhuma garantia de que aqueles homens estavam imunes do poder do pecado, ou que não poderiam ser criticados e que estariam completamente isentos da disciplina de Deus. Ver a lista completa de versículos que trazem a expressão "seu ungido" no final deste artigo. Por fim restam as duas referências que trazem de forma explícita a expressão "não toqueis nos meus ungidos". Estas referências são: 1 Crônicas 16:22 dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas. Salmos 105:15 dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas. Antes de analisarmos estes versículos é necessário dizer que os mesmos são idênticos e isto por um bom motivo. O verso de 1 Crônicas é parte de uma compilação de Salmos que se estende do verso 7 até o verso 36 do capítulo 16 de 1 Crônicas. Esta compilação contém partes dos salmos 96, 105 e 106. Conforme dissemos, os dois versículos são idênticos, portanto, a interpretação de um servirá como interpretação para o outro também. A questão mais importante para nós, neste momento, é definir acerca de quem o salmista está falando? Quem são os ungidos do Senhor? O contexto deixa isto bem claro, e por ele nós podemos ter certeza absoluta quem são as pessoas a quem o Senhor se refere como sendo os "ungidos do Senhor" e de "meus profetas". Salmos 105:8 - 15 diz o seguinte: “Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; a aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por aliança perpétua, dizendo: Dar-te-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança. Então, eram eles em pequeno número, pouquíssimos e forasteiros nela; andavam de nação em nação, de um reino para outro reino. A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.” O texto é absolutamente cristalino. Aqueles que são chamados de "ungidos do Senhor" e de "meus profetas" são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. São os Israelitas. Todos e cada um deles. Ninguém que pertença verdadeiramente ao povo de Israel é deixado de fora. Portanto, como dissemos, o mito de que os pastores constituem-se em os "ungidos do Senhor", como uma casta distinta e superior a todos os crentes, não passa realmente de uma invencionice perversa cujo único propósito é munir homens perversos com mecanismos que os possibilitem abusar de suas ovelhas. Precisamos retornar, de maneira urgente, ao padrão bíblico do pastor-servo à imitação do próprio Senhor Jesus. Para finalizar: Nós devemos ter os nossos líderes e pastores de uma maneira respeitosa e submissa no sentido de “deixar os mesmos nos guiar na Palavra e no ensino de Deus”, devemos confiar, de coração aberto, os mesmos sendo servos de Deus para cuidar, apascentar e ensinar a Igreja de Cristo e também para coordenar a igreja em sua forma funcional e organizacional. O Pastor merece honra, reconhecimento e respeito de todos da Igreja. Porém o Pastor também é humano, sujeito a erros e a pecados, bem como a exortação e repreensão. Mas, jamais devemos ter nossos pastores ou líderes como se fossem superiores aos demais irmãos da igreja, como se os mesmos possuíssem “unção diferenciada” ou “poderes especiais”. É um erro tremendo ter os mesmos como um “ser especial com unção diferenciada super-crente cobertura espiritual”. Somos co-herdeiros em Cristo, o véu foi rasgado, temos acesso à vida através de Jesus e a unção procede diretamente de Deus para todo o Corpo de Cristo. Temos todos a mesma unção, os mesmos direitos e não precisamos de nenhum “homem mediador” para ter acesso ao pai. O único mediador entre Deus e os homens é JESUS CRISTO! Que o povo de Deus possa abrir os olhos para os líderes manipuladores! Ruy Marinho http://bereianos.blogspot.com

sábado, 4 de janeiro de 2014

Oração Cotidiana...Desfrute do Melhor de Deus...

Palavras de poder que você pode falar e realizar... Agora o Espírito Santo pode agir em minha mente, em meus pensamentos, agora Ele quer entrar em meu coração e me fazer feliz… AGORA meus sentimentos vão aflorar,você eu vou expor meus pensamentos ... Há um poder sem limites e chama-se fé... Fé em Deus, Fé em Jesus, Fé no Espírito Santo, fé em mim... Começo a crer agora, começo a acreditar em meu potencial de me aproximar de Deus... Acredito agora, acredito agora... Acredito, eu posso, acredito eu posso me aproximar de Deus.. Há uma força querendo me empurrar para traz, mas Deus está me esperando, dou meu primeiro passo... Libero minha capacidade de decisão agora, libero agora meu potencial de decidir... *Digo, Deus me criou, sou SUA imagem e semelhança, eu tenho valor para Deus. Reconheço que pequei, que estive longe de Deus, mas peço perdão, agora, libero agora meu potencial de valor me valorizo agora, eu posso isso.. Meu poder de decisão agora aumenta, meu potencial de criação agora aumenta, minha mente criativa aumenta, Deus me aceita, Ele me espera eu me decido agora.. Eu me Decido agora... Começo a me sentir bem, começo sentir a presença de Deus através de seu Espírito Santo. Sinto-me bem, sinto-me bem, sinto-me bem...Eu tenho esse direito.. Jesus veio para que eu tenha vida em abundancia...Eu tenho esse direito, o de viver bem.. Agora passo a viver bem... Agora me sinto bem... Eu posso, sim, Eu posso sim... eu posso, eu posso viver bem... Saúdo minha nova vida, sim, eu quero ela...abraço essa liberdade agora, abraço minha nova vida agora.. Libero meu potencial agora.. Abraço minha liberdade, abraço todas a bênçãos de Deus pra mim agora.. Abraço, meu novo potencial.. Agora Deus está no controle de minha vida... Sim agora Ele comanda... Reescrevo minha nova vida a partir de agora...reescrevo, desenho agora.. Vivo agora meu novo tempo ao lado de Deus.... eu posso, eu posso, eu posso.... Abraço a liberdade, abraço o amor, abraço a prosperidade total em minha vida... Minha saúde, minha família, meu trabalho, meus amigos... Agora vivo meu novo modelo de vida.... Acredito... A partir de agora eu passo a viver minha nova vida....meus sonhos, meus pensamentos...meus desejos meus pedidos... Começo a viver agora isso, em nome de Jesus, começo a viver isso.. Começo a viver agora....Agora eu posso fazer o melhor, viver o melhor servir melhor.. Deus apaga meu passado, Deus está reconstruindo aquilo que estava quebrado, Deus está unindo, Deus está tirando todas as diferenças... Deus está restaurando tudo que foi perdido... Reencontro tudo agora, Deus coloca a minha disposição, minha nova vida..Muito mais amor, saúde, prosperidade, direção... Deus coloca tudo agora em meu caminho... Relaxe, Relaxe agora Deus está no controle... Viva o seu novo, viva sua nova vida ao lado de Deus.. .Através de Cristo Jesus

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Há Vaga para Pastor....

COMO CONSEGUIR UM PASTOR INTRODUÇÃO: o ideal é que seja o homem certo (da escolha de Deus) no lugar certo (na igreja escolhida por Deus), conforme Atos 20:17-28. Torna-se então evidente que não trata-se simplesmente da Igreja escolher qualquer um e está tudo bem. (sob medida) de Deus! I. O PASTORADO Definição: - “excelente obra” (I Tim 3:1) - vocação divina (I Tim 1:12) - a mais importante atividade humana - a mais alta posição possível nesta vida - exige tudo o tempo todo (II Cor 12:15) PASTOR : um ser humano fraco, um pecador perdoado, um salvo por Jesus Cristo, um irmão, um servo, um vocacionado que voluntariamente aceitou a chamada. Existem muitas idéias erradas a respeito do pastorado. Certa vez, a professora perguntou a filho do Missionário Jerry D. Ross o que seu pai fazia, e a criança respondeu “Nada, ele é só pastor!”. Vejamos algumas idéias erradas: - apenas mais uma profissão existente - um jeito de ganhar a vida sem fazer força. Prega duas ou três vezes por semana e só - como a maioria dos pastores trabalha para ganhar o pão, muitos acham que é um “bico” - um “hobby” de fim de semana, pois muitos pastoreiam sem nada receberem - um reinado ou feudo, uma posição de poder a ser passada ao filho herdeiro - u m jeito de ficar rico II - A IMPORTÂNCIA DE UM PASTOR Sua importância é grande, em todos os aspectos. O plano de Deus é que cada Igreja tenha ao menos um pastor cuidando dela (Tito 1:5). As suas funções são variadas: - evangelista (II Tim 4:5) - treinador de evangelistas - ministrador das ordenanças - ensinador da Palavra (I Tim 3:2b; 5:17; Efe 4:11) - treinador de ensinadores (II Tim2:2) - conselheiro (por isso é chamado de presbítero, ancião - experiente para aconselhar) - líder (Hebr 13:7,17; I Pedro 5:3) - confidente e incentivador (I Cor 16:16) - modelo ou referência (Hebr 13:7) - juiz (I Cor 6:1-6) Mas a sua principal função é a de “ trabalhar na palavra e na doutrina” (I Tim 5:17). Como um maestro que sabe tocar todos os instrumentos da orquestra, mas fica na coordenarão e direção, assim o pastor não é um centralizador, um “faz tudo” mas sim um supervisor aliás, como quer dizer um dos nomes dados ao cargo, o de “bispo”. Uma igreja sem pastor é como um rebanho de ovelhas sem ter quem cuide delas. Por isso ele também é chamado de “pastor”. A Igreja de Corinto é um triste exemplo de uma igreja sem pastor. Infelizmente algumas igrejas só darão valor aos seus pastores depois de os perderam. III - MOTIVOS PARA UM PASTORADO TERMINAR Um pastor pode parar de cuidar de uma igreja ou abandonar o pastorado por estas razões: - é chamado por Deus para outra igreja - é chamado por Deus para dedicar-se às missões - por causa de desentendimentos entre ele e a igreja - por obra do Diabo - por causa de esgotamento físico e mental (estresse) - por motivo de enfermidade grave - por decisão da igreja em destituí-lo do cargo - por motivo de falecimento Em muitos casos, após um período de afastamento o pastor é reintegrado à sua função. Tal qual marido e mulher, acontecem “reconciliações” entre igreja e pastor. IV - COMO CONSEGUIR UM PASTOR Ë evidente que um pastor não surge de repente ou por acaso. Tudo começa com a Igreja tomando consciência da sua necessidade. Por que Deus daria um pastor se a Igreja não quer ou acha que não precisa? Devem começar então uma campanha de oração neste sentido. A seguir, começar a procurar na própria igreja e depois consultar aos pastores para saber se em suas igrejas há algum obreiro chamado ao pastorado . Sempre há de se tomar o cuidado de averiguar se o candidato preenche todas as pré-qualificaçòes definidas em I Tim 3 e Tito 1 pois todos os itens das duas listas têm a mesma enorme importância. Começa então uma fase muito parecida com um “namoro”, precisando existir: - simpatia inicial mútua - busca sincera da vontade de Deus - muito diálogo e franqueza - sinceridade mútua - mente aberta para a possibilidade de não ser da vontade de Deus - terminar a experiência se perceberem que não é aquilo que sentem em seus corações - se terminar, procurar acabar sem mágoas O obreiro em teste, acompanhado pela esposa e filhos (se o casal os tiver, é claro!), passaria a freqüentar a igreja e ele passaria a pregar em todos ou quase todos os cultos. Outra boa medida inicial seria a re realizarem uma reunião de apresentação mútua e combinarem para combinarem como as coisas deverão ocorrer, inclusive com uma definição em conjunto do prazo ou do tempo que duraria aquela experiência, além de marcarem reuniões periódicas de avaliação. Com as coisas caminhando bem, a família pediria sua transferência para a igreja em que estão trabalhando, havendo assim uma maior aproximação entre todos os interessados. É muito importante que não haja precipitações nas decisões a serem tomadas e que a igreja observe e leve em conta também a família do obreiro em teste (Tito 1:6; I Tim 3:2,4-5,,11). Caberá ao dirigente da igreja liderar reuniões sem a presença do candidato ao pastorado, para a igreja expor livremente os seus sentimentos. Sem essa liberdade de expressão as coisas não irão bem. Se toda a igreja sente que não é por Deus aquele obreiro, não há razão pra “prolongar a agonia”, devendo a igreja oficialmente comunicar ao candidato que não o quer e então dispensá-lo respeitosa, amorosa e educadamente. Receber algum irmão como membro, ou decidir por alguém ocupar ao pastorad0, são decisões que não podem ser tomadas levando em conta apenas a opinião ou desejo da maioria, mas precisa que seja a vontade de todos os membros da igreja (unanimidade) - Atos 1:26; 6:5. V - ENQUANTO ISSO... Neste meio tempo, a vida da igreja continua e ela precisará de serviços pastorais, tanto para orientação geral como para a vida pessoal dos seus membros. A igreja pode pedir a ajuda de outra igreja co-irmã no sentido de compartilhar seu pastor como conselheiro pastoral. Um membro varão deverá ocupar o cargo administrativo de dirigente ou presidente, já que pelo sistema brasileiro a Igreja precisa contar com uma diretoria que a represente legalmente. Este cargo de Presidente (que vem sendo chamado muitas vezes de “dirigente”) e o de vice-presidente, são de natureza apenas administrativa e não pastoral. Sua função principal é a de dirigir as sessões de negócios regulares e convocar as sessões extraordinárias quando forem necessárias, dentro das regras parlamentares. É um engano lamentável confundir dirigente de sessões de negócios com a de dirigente da igreja, que é posição de pastor. Costuma ser um desastre quando um mecânico se mete a dentista ou quando um bom pedreiro tenta fazer o servi/,o de um médico. Também isto é verdade quando um Dirigente tenta pastorear uma Igreja. Paulo colocava obreiros experientes à frente das novas igrejas até que elas consagrassem seus pastores locais (Tito 1:5). Se cada Igreja sem pastor for cuidadosa e prudente, o Domo da Seara haverá de chamar os homens necessários. Como eu digo aos “solteiros desesperados”, é preciso confiar e esperar no Senhor! Este estudo é de natureza preventiva. Como o assunto não é doutrinário, não tem cunho dogmático mas trata-se apenas de uma orientação, já que tenho percebido certa falta clareza de opinião ou de pensamento a este respeito pelos irmãos de um modo geral e muitos me levantam questões a este respeito. crédito texto (Pastor Márcio Luiz Floriano)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MISSÃO, MINHA OBRA CRISTÃ.

Conta-se uma antiga história de quatro Cristãos chamados, Todos, Alguém, Qualquer Um e Ninguém. Havia algo importante a ser feito, e Todos foram chamados para fazê-lo. Alguém poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez. Alguém ficou com raiva, por que era obrigação de Todos. Todos pensaram que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém percebeu que Todos culpavam Alguém quando Ninguém acusou Qualquer Um. Conclusão: Se Todos assumirem a ação, então Ninguém precisará culpar Qualquer Um, por que Alguém terá feito a tarefa que deveria ser feita por Todos. Nossas razões para não querermos uma responsabilidade tão grande certamente são compreensíveis, não somos suficientemente capazes, hábeis, ricos ou mesmo fortes para cumprirmos a tarefa que sabemos deve ser feita. Você pode dizer a responsabilidade é da igreja, contudo, quando pensamos em igreja lembramos logo do Grande prédio feito de cimento e tijolos , vidros pintados e som de órgão suave. Não é preciso muito para discernir que Deus não deu a responsabilidade a esses. Então quem é o responsável?. A ilustração acima nos mostra que a responsabilidade e trazida geração após geração “ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” . Se dependesse de muitos de nós a tarefa deixaria de ser feita!!!.Claro porque não sabemos, não temos habilidade nem tampouco dinheiro para tal, por isso fugimos a responsabilidade, fugimos sim ... por que não entendemos a “toda autoridade me foi dada”, quando entendermos então saberemos depender e saber, que tudo providencialmente será dado por Deus. Minha resposta a esses questionamentos são: Quando aceitei a Cristo Jesus como meu Salvador pessoal, fiz isso individualmente; Quando fui batizado, entrei sozinho no tanque onde estava o Pr; E para eu entender o que está no coração de Deus, ‘o meu IDE’, Também é individual!!! Faço ou não faço parte da Grande Comissão dada por Cristo aos Apóstolos?. Quando Pedro viu os 3.000 convertidos no Dia de Pentecostes, percebeu que seu trabalho estava apenas começando. Ele chamou essa responsabilidade para si. Ele absorveu as palavras de Jesus, pouco tempo antes daquele episódio “IDE; é o que interessa, Eu e Você recebemos essa missão. A geografia e irrelevante desde que esteja obedecendo!; Através de orações desde que esteja obedecendo!; Alcançando o mundo com suas finanças, vida ou ações, obedeça, faça discípulos, isso é IDE; Onde quer que você vá, sua Missão é evangelizar. Albertino Silva – Missionário Paraguay .

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

"UNGIDO DO SENHOR"

O USO CORRETO DA EXPRESSÃO "UNGIDO DO SENHOR" “O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR” (1Samuel 24.6). “A Bíblia diz: Ai daquele que tocar no ungido do Senhor!” Quantas vezes você já ouviu essa afirmação, que soa como uma espécie de imprecação e ameaça? Particularmente, já ouvi dezenas de vezes. Já li outras tantas. Ela é usada com frequência por alguns pastores e líderes que imaginam que o pastorado os torna incriticáveis. A ideia transmitida pelo uso indiscriminado da expressão “sou um ungido do Senhor” é que a mesma é uma espécie de “imunidade eclesiástica”, que concede ao indivíduo licença para fazer o que quiser, agir como bem entender, sem a obrigação moral de prestar contas a ninguém por seus atos e seus desmandos. Basta que você admoeste o indivíduo por alguma coisa para imediatamente ele (ou alguém que o apoia em suas loucuras megalomaníacas e narcisistas) diga: “A Bíblia diz: Ai daquele que tocar no ungido do Senhor!” Será que isso está correto? Será que os pastores são os “ungidos do Senhor” e, por essa razão, são incriticáveis e intocáveis? Possuem eles algum tipo de imunidade, que o impede de ser admoestado, exortado a se arrepender de seus pecados? Precisamos examinar as Sagradas Escrituras, pois só elas podem nos dar o correto entendimento da expressão. A expressão no Antigo Testamento O termo “ungido” (no hebraico, x;yvim' [Mashiah] aparece 47 vezes nas Escrituras do Antigo Testamento, majoritariamente em 1 e 2Samuel (19 vezes) e em Salmos (9 vezes). Victor P. Hamilton afirma que, “mashiah é quase exclusivamente reservado como sinônimo de ‘rei’ (melek, q.v.), como em textos poéticos, onde é paralelo de ‘rei’ (1Sm 2.10; 2Sm 22.51; cf. Sl 2.2; 18.50 [51]; mas cf. Sl 28.8, onde é paralelo de ‘povo’). São notáveis as frases ‘o ungido do SENHOR’ (mashiah YHWH) ou equivalentes, tal como ‘seu ungido’, as quais se referem a reis”.[i] É importante compreender, como afirma Geerhardus Vos, que “a palavra sempre é qualificada por um genitivo ou um sufixo ligada a ela: ‘o Messias de Yahweh’ (‘o Ungido do Senhor’), ou ‘meu Messias’ (‘meu Ungido’)”.[ii] Algumas passagens podem ajudar a elucidar isso: “Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades da terra, dá força ao seu rei e exalta o poder do seu ungido” (1Samuel 2.10). No contexto da escolha de Saul como o primeiro rei de Israel, o profeta Samuel, em seu discurso de despedida, diz: “Eis-me aqui, testemunhai contra mim perante o SENHOR e perante o seu ungido: de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem defraudei? E das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com ele os meus olhos? E vo-lo restituirei [...] E ele lhes disse: O SENHOR é testemunha contra vós outros, e o seu ungido é, hoje, testemunha de que nada tendes achado nas minhas mãos. E o povo confirmou: Deus é testemunha" (1Samuel 12.3,5). Por ocasião da unção de Davi como rei de Israel, Samuel imaginou que Eliabe fosse o ungido do Senhor: “Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido” (1Samuel 16.6). “No presente sou fraco, embora ungido rei...” (2Samuel 3.39a). “Então, respondeu Abisai, filho de Zeruia, e disse: Não morreria, pois, Simei por isto, havendo amaldiçoado ao ungido do SENHOR?” (2Samuel 19.21). “É ele quem dá vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre” (2Samuel 22.51). Todas as passagens listadas acima mostram, de forma indubitável, que a figura do “ungido do Senhor” no Antigo Testamento era o rei de Israel, o rei-pastor, responsável pela condução e cuidado das ovelhas de Yahweh. Outra passagem muito importante que atrela o conceito de “ungido do Senhor” à figura do rei é 1Samuel 24.6: “O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR” (cf. também 24.10; 26.9,11,16,23 e 2Samuel 1.14,16,21). O “ungido do SENHOR” a quem Davi se refere é o rei Saul. Matthew Poole afirma que essa expressão significa que Saul foi “ungido por Deus para o reino”.[iii] Isso é representado pelo ato de ter sido ungido com óleo pelas mãos do profeta Samuel: “Tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Não te ungiu, porventura, o SENHOR por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?” (1Samuel 10.1). No Pentateuco o termo mashiah foi usado para se referir ao ofício sacerdotal. “Moisés recebeu instruções para ungir, ordenar e consagrar Arão e seus filhos, de modo que eles pudessem ser reconhecidos, autorizados e qualificados para servir no sacerdócio”.[iv] Em Levítico 16.32 está escrito: “Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai se fará a expiação, havendo posto as vestes de linho, as vestes santas”. Outras passagens que falam dos sacerdotes como “ungidos” são: Levítico 4.3,5,16; 6.20,22 e Números 35.25. Além disso, Êxodo 29 traz em detalhes as prescrições divinas para a unção e consagração de Arão e seus filhos como sacerdotes. Existe discussão quanto à unção para o ofício de profeta. Existe discussão até mesmo sobre profeta não ser um ofício. Há quem defenda essa posição. De acordo com essa visão, visto que os profetas não eram ungidos no Antigo Testamento, eles não podem ser considerados como detentores de um ofício, mas sim de uma função. Essa posição é seriamente desafiada por Gerard van Groningen, que acertadamente diz: Pela falta de prova bíblica não se deve concluir que os profetas não eram ungidos, isto é, designados, separados, autorizados e capacitados para seu trabalho. O fato de não haver relato de um rito de unção prescrito não significa a inexistência de um rito. O fato de haver referência à unção de profetas leva-nos à suposição de que um rito poderia ter sido conhecido, mesmo que não fosse praticado sempre da mesma forma. Os profetas eram considerados ungidos, como claramente inferimos das ordens de não “tocar” os ungidos de Deus e de não “maltratar” seus profetas (Sl 105.15 e 1Cr 16.22 – paralelismo sintético). As referências são aos patriarcas. Não se sabe como e quando eles foram ungidos, mas os patriarcas eram profetas, servos ungidos de Deus. O fato de o Senhor mandar Elias ungir Eliseu (1Rs 19.16) certamente significava que os homens foram feitos cônscios de sua designação, consagração, autoridade e capacitação para um ofício.[v] Além disso, a passagem de Isaías 61.1-3 fala exatamente da unção de um profeta: “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória”. Gerard van Groningen afirma que, “não é descrito o ritual da unção, mas há referência a ele e o resultado é claramente expresso”.[vi] Para quem os três ofícios e a expressão “ungido do Senhor” apontam? Como foi atestado pelo Antigo Testamento, os “ungidos do Senhor” eram homens escolhidos pelo Senhor para desempenharem os ofícios de rei, profeta e sacerdote. Além desse fato, dois homens, a saber, Moisés e Samuel, desempenharam os três ofícios simultaneamente. Moisés serviu como profeta, transmitindo a vontade de Deus ao seu povo, como sacerdote que oficiou a consagração de Arão e seus filhos e como o líder (governante).[vii] Samuel, semelhantemente, era um profeta, um sacerdote que oferecia sacrifícios a Deus e um juiz, alguém encarregado de governar o povo. Mais uma vez, Gerard van Groningen faz um excelente comentário sobre a interrelação dos três ofícios: “É fora de dúvida que os três ofícios deviam complementar-se entre si e cumprir papéis que eram vitais para cada um dos outros dois. Este fato esclarece por que os três ofícios eram cumpridos por homens designados como ‘ungidos do Senhor’”.[viii] Os três ofícios, profeta, sacerdote e rei, foram desempenhados pelo Senhor Jesus Cristo. E, de fato, todos aqueles que, no Antigo Testamento, desempenharam essas funções e, por essa razão, eram conhecidos como os “ungidos do Senhor”, apontavam para Jesus Cristo. Todos os profetas, sacerdotes e reis da antiga administração do Pacto eram tipos de Jesus Cristo, prefiguravam o Messias, o Ungido de Deus. O Catecismo Maior de Westminster, respondendo à pergunta 42[ix], diz o seguinte sobre o tríplice ofício de Cristo: “O nosso Mediador foi chamado Cristo porque foi, acima de toda a medida, ungido com o Espírito Santo; e assim separado e plenamente revestido com toda a autoridade e poder para exercer as funções de profeta, sacerdote e rei da sua Igreja, tanto no estado de sua humilhação, como no da sua exaltação”.[x] O mesmo está expresso pela Confissão de Fé de Westminster, no capítulo sobre “Cristo, o Mediador”: “I. Aprouve a Deus, em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do mundo”.[xi] William G. T. Shedd expõe as maneiras como Cristo desempenhou os três ofícios da seguinte maneira: Seu ofício profético é ensinado nas seguintes passagens: “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim” (Dt 18.15,18; Atos 3.22); “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas” (Is 61.1; Lc 4.18). Seu ofício sacerdotal é ensinado nas seguintes passagens: “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4; Hb 5.5-6); “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus” (Hb 4.14-15). Seu ofício real é ensinado nos seguintes textos: “o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6-7); “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião” (Sl 2.6).[xii] A afirmação de Turretin também é interessante: Agora, como todos os tipos relacionados com Cristo obtiveram o seu cumprimento nele, Cristo deve apresentar a verdade desse tríplice ofício em si mesmo, mas muito mais perfeitamente do que nos outros – não apenas em razão da conjugação destas três partes (que nenhum homem poderia cumprir ao mesmo tempo, como já vimos), mas também em virtude da eminência e dignidade, tanto do seu ofício como dos seus dons.[xiii] Conclusão A conclusão à qual podemos chegar após o arrazoado feito até aqui, é que todos aqueles que sob a economia do Antigo Testamento foram chamados de “ungidos do Senhor” serviam como tipos de Jesus Cristo, ou seja, eles eram prefigurações de Jesus, apontavam para o verdadeiro Messias, o verdadeiro Ungido. Sendo assim, a expressão “ungido do Senhor” é claramente messiânica, e todos aqueles que nos dias de hoje se apropriam de tal expressão estão, na realidade, agindo com um maligno messianismo, colocando-se no mesmo patamar de Jesus Cristo, exigindo das pessoas sob seus cuidados uma revência, uma dignidade e honra que pertencem exclusivamente a Jesus, o Ungido do Senhor. Além disso, esconder-se atrás da expressão “ungido do Senhor” é, de certo modo, esposar o episcopado romanista. Aqueles que se consideram como os intocáveis “ungidos do Senhor” dão a entender que possuem um tipo de unção diferenciada, uma unção desconhecida e não possuída pelas pessoas comuns, os membros da igreja, o que é algo falso e antibíblico. Pastores não são “ungidos do Senhor” de maneira diferenciada. Eles não são Ungidos, Messias, dotados de um tipo de “imunidade diplomática”. Vociferar: “A Bíblia diz: Ai daquele que tocar no ungido do Senhor! Por isso, não me toque! Não queira ser meu inimigo, pois o Senhor pesa a mão sobre todos aqueles que tocam nos seus ungidos!”, é cometer um sério atentado contra a doutrina do sacerdócio universal de todos os crentes. O Novo Testamento apresenta uma expansão nesse conceito, mostrando que todos aqueles que estão unidos a Jesus Cristo, o verdadeiro Ungido do Senhor, são igualmente ungidos pelo Espírito Santo como profetas, sacerdotes e reis. O apóstolo Pedro faz uma afirmação fantástica nesse sentido: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pedro 2.9). Os três ofícios são mencionados por Pedro: “sacerdócio real” (ofícios sacerdotal e real), e “a fim de proclamardes” (ofício profético). O apóstolo está falando de todos os verdadeiros crentes. Todos eles são “sacerdócio real”. Todos têm o dever de proclamar “as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Encerro com a correta afirmação de Geerhardus Vos: “O Rei ‘ungido’ e o povo ‘ungido’ estão intimamente relacionados. O caso paralelo da atribuição da ‘filiação’ a ambos sugere a possibilidade da posse comum da ‘unção’ por parte de ambos. No Novo Testamento, a unção é concedida tanto a Cristo como aos crentes”.[xiv] Portanto, ninguém pode dizer: “Sou um ungido do Senhor, e por isso, ninguém pode tocar em mim!”, sem incorrer em grave falta. [i] Victor P. Hamilton, In: R. Laird Harris, Gleason L. Archer, Jr., e Bruce K Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2001. p. 885. [ii] Geerhardus Vos. The Self-Disclosure of Jesus: The Modern debate about the Messianic Consciousness. Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2002. p. 105. [iii] Matthew Poole. A Commentary On the Holy Bible: Genesis-Job. Vol. 1. Grand Rapids, MI: Hendrickson Publishers, 2010. p. 572. [iv] Gerard van Groningen. Revelação Messiânica no Antigo Testamento. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 29. [v] Ibid. p. 30. [vi] Ibid. p. 31. [vii] O teólogo genebrino Francis Turretin afirma que, “nunca conhecemos ninguém que, perfeitamente, cumpriu os três ofícios. Eles estavam reservados para Cristo”. Cf. Francis Turretin. Institutes of Elenctic Theology. Vol. 2. Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 1994. p. 392. Todavia, a discordância pode ser entendida quando leva-se em consideração que Turretin tem em mente o ofício real em si mesmo, ao passo que menciono Moisés e Samuel não como reis, mas simplesmente como homens que exerceram o governo entre o povo de Irael. [viii] Ibid. [ix] Pergunta 42: Por que foi o nosso Mediador chamado Cristo? [x] O CATECISMO MAIOR DE WESTMINSTER. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. p. 52. Ênfase acrescentada. [xi] A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. São Paulo: Cultura Cristã, 2003. pp. 73-74. [xii] William G. T. Shedd. Dogmatic Theology. Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2003. p. 681. [xiii] Francis Turretin. Institutes of Elenctic Theology. Vol. 2. p. 394. [xiv] Geerhardus Vos. The Self-Disclosure of Jesus: The Modern debate about the Messianic Consciousness. p. 107. do site http://www.cristaoreformado.com

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O homem, seu filho e o burro

O homem, seu filho e o burro
Um homem ia com o filho levar um burro para vender no mercado.
– O que você tem na cabeça para levar um burro estrada afora sem nada no lombo enquanto você se cansa? – disse um homem que passou por eles. Ouvindo aquilo, o homem montou o filho no burro, e os três continuaram seu caminho – Ô rapazinho preguiçoso, que vergonha deixar o seu pobre pai, um velho andar a pé enquanto vai montado! – disse outro homem com quem cruzaram. O homem tirou o filho de cima do burro e montou ele mesmo. Passaram duas mulheres e uma disse para a outra:
– Olhe só que sujeito egoísta! Vai no burro e o filhinho a pé, coitado... Ouvindo aquilo, o homem fez o menino montar no burro na frente dele. O primeiro viajante que apareceu na estrada perguntou ao homem: – Esse burro é seu? O homem disse que sim. O outro continuou:
– Pois não parece, pelo jeito como o senhor trata o bicho. Ora, o senhor é que devia carregar o burro em lugar de fazer com que ele carregasse duas pessoas. Na mesma hora o homem amarrou as pernas do burro num pau, e lá se foram pai e filho aos tropeções carregando o animal para o mercado.
Quando chegaram, todo mundo riu tanto que o homem, enfurecido, jogou o burro no rio, pegou o filho pelo braço e voltou para casa.
Moral da história: Tenha sua própria fé. Não se esqueça, nem Jesus agradou a todos. Se você se preocupa demais com as opiniões dos outros, você vai acabar carregando o burro nos seus ombros. Moral: Quem quer agradar todo mundo no fim não agrada ninguém. Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas